quinta-feira, 30 de outubro de 2014

SAERJ 2013 / 2014

NO DIA 30/10/2010, FOI REALIZADA A PREMIAÇÃO DOS ALUNOS COM BOM DESEMPENHO NO SAERJ/2013.

PARABÉNS!














sábado, 25 de outubro de 2014

Os diferentes domínios naturais e sua relação com o clima

Objetivo(s)
- Identificar os domínios naturais associando-os aos principais biomas e às questões relativas à biodiversidade;
- Comparar características geográficas dos diferentes domínios naturais estabelecendo relações entre os biomas;
- Associar situações climáticas do presente e do passado às condições atuais dos domínios naturais e do meio ambiente na escala mundial, como elemento que influi na biodiversidade do tempo presente

Ano(s)                             1º               2º               3º

Tempo estimado            Quatro aulas

Material necessário

- Cópias da reportagem "Pelo menos 31 cidades registraram temperaturas negativas", do site de Veja
- Mapa dos domínios naturais do Brasil
- Mapa dos climas brasileiros
- Mapa das massas de ar que atuam no território brasileiro

Este plano de aula está ligado à seguinte reportagem de VEJA:

Desenvolvimento
1ª etapa
Para que os estudantes possam acompanhar a sequência das atividades propostas, exponha seus objetivos: identificar os domínios por suas características naturais e compreender alguns fatores que influenciam o clima prevalente nestes domínios. Numa reflexão posterior, proponha o exame da influência do clima na biodiversidade representada em cada domínio. Para tanto, a sequência didática está dividida em três etapas de trabalho.
Comece as atividades sobre os domínios naturais brasileiros com uma breve exposição. Essa apresentação inicial deve servir para trazer à memória dos estudantes seus conhecimentos já acumulados da experiência e dos outros anos escolares. Utilize o mapa dos domínios naturais brasileiros para fazer uma explicação sobre os seis domínios que caracterizam as diferentes regiões naturais do território brasileiro: o domínio amazônico, o domínio do cerrado, o domínio de mares de morros, o domínio das caatingas, o domínio das araucárias e o domínio das pradarias, mais as faixas de transição.
Com ajuda do mapa, disponível na escola na forma de painel ou mesmo no material didático dos alunos, localize e explique em termos gerais cada um dos domínios naturais e ressalte os respectivos climas.
Lembre-os que a variedade de climas no Brasil é influenciada pela a extensão do seu território, onde vários são os agentes que influenciam o clima: a posição geográfica, determinantes para a existência dos climas equatoriais, tropicais, temperados, polares; as massas de ar, cuja circulação se deve às diferenças de pressão, temperatura e umidade entre elas; fatores do relevo, como a altitude, e da vegetação, como as florestas tropicais; e ainda, a continentalidade e a maritimidade, entre outros.
O domínio amazônico compreende as planícies inundáveis da região amazônica, na região Norte, e possui uma exuberante vegetação de florestas tropicais úmidas, relacionada à elevada quantidade das chuvas na região de clima equatorial, com temperaturas quentes ao longo de todo o ano.
O clima equatorial, predominante no domínio amazônico, é muito influenciado pela massa de ar equatorial continental (mEc), praticamente o ano todo. Apenas a região litorânea sofre influência de outra massa de ar: a massa equatorial atlântica (mEa).
A mEc é quente e úmida, com centro de origem na parte ocidental do território amazônico, pois é a própria evapotranspiração da floresta tropical que lhe fornece umidade. É a única massa continental úmida do planeta, uma vez que as massas continentais são geralmente secas, enquanto as oceânicas são úmidas.
No inverno, frentes frias podem atingir o sul e sudoeste da região, ocasionando a queda da temperatura, denominada "friagem". Exemplo desse fenômeno foram as baixas temperaturas registradas na região Norte neste inverno.
O domínio do cerrado é o segundo maior domínio natural do território brasileiro. Apresenta duas estações bem definidas pelo clima tropical continental da região, com chuvas concentradas no verão e inverno seco, o que influencia a vegetação, caracterizada por árvores pequenas de troncos espessos e retorcidos e raízes profundas, adaptadas aos períodos de estiagem.
O clima tropical, predominante no cerrado, é influenciado pela massa de ar equatorial continental (mEc), principalmente no verão, provocando chuvas frequentes. Já no inverno, como o recuo da mEc, há o avanço da massa de ar tropical atlântica (mTa), que é quente e úmida, com centro de formação no oceano Atlântico, nas imediações do Trópico de Capricórnio.
A mTa exerce grande influência no litoral do Brasil, entretanto, quando chega no interior do país já perdeu grande parte da sua umidade, contribuindo para que sejam secos os invernos no domínio do cerrado.
O domínio da Mata Atlântica, ou dos mares de morros, ocupa as cadeias de morros e serras que se estendem pelo litoral do país, influenciando o clima tropical litorâneo da região, caracterizado pelo alto índice de chuvas no verão. Vale a pena lembrar que, por conta do processo histórico de ocupação e transformação das regiões litorâneas, resta do domínio da Mata Atlântica apenas 7% da sua formação original.
O clima tropical litorâneo, predominante no domínio da Mata Atlântica, possui chuvas mais intensas no verão, sendo influenciado pela massa de ar tropical atlântica (mTa). Trata-se de uma massa quente e úmida que se origina no Atlântico, na latitude do Trópico de Capricórnio, determinante do clima no litoral brasileiro, desde o Nordeste até o Sul do país.
O domínio da caatinga ocorre nas regiões de planaltos e chapadas do interior do Nordeste, estendendo-se pelas áreas de clima tropical semiárido, caracterizado pela irregularidade das chuvas e grandes períodos de seca. Esta é a razão da perda das folhas das plantas durante a estiagem, uma vez que a vegetação está adaptada às condições de ausência de chuva.
O clima tropical semiárido, predominante no domínio da caatinga, abrange o sertão da região Nordeste. Apresenta chuvas escassas, que se concentram num período máximo de três meses ao ano, no verão, sobretudo, por causa das massas de ar mais secas. Isso quer dizer que as massas de ar que entram pelo sul perdem sua umidade e não chegam a entrar na região, ocasionando as secas regionais. As poucas chuvas se devem a influência da massa de ar equatorial continental (mEc) no verão.
O domínio das araucárias e o domínio das pradarias podem ser considerados em um único grupo, o domínio dos pampas, marcados pelo clima subtropical predominante em ambas regiões. Os verões são quentes e os invernos, rigorosos, com possibilidade de neve nas áreas de altitude elevada da região Sul do Brasil, devido a influência da massa de ar polar atlântica, além da massa tropical marítima. No entanto, devemos diferenciar os domínios das araucárias e o domínio das pradarias quanto ao relevo e à vegetação. O domínio das araucárias possui esse nome pela prevalência da vegetação das araucárias, caracterizada por uma mata homogênea e aberta, hoje já muito desmatada. Ocorre nas áreas mais elevadas dos planaltos e serras da região Sul do Brasil. Já o domínio das pradarias se caracteriza pela vegetação rasteira, basicamente de gramíneas. Onde os rios cortam as pradarias, há as matas galerias, acompanhando seus cursos.
O clima subtropical, predominante na região Sul do país, onde encontramos o domínio das araucárias e o das pradarias, é influenciado pela massa de ar polar atlântica (mPa) e a massa de ar tropical atlântica (mTa). Algo que vale observar é a ausência de estação seca no Sul do país.
A mTa, mais atuante nas regiões litorâneas, provoca chuvas abundantes no verão. Já a mPa é fria e úmida, atua mais no inverno, penetrando no território brasileiro na forma de frentes frias, causando chuvas e queda das temperaturas. A mPa se forma no oceano Atlântico, próximo à Patagônia, no sul da Argentina e, embora possa chegar até o norte do país, a mPa é determinante do clima no sul do país.
Aproveite a reportagem do site de Veja http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pelo-menos-31-cidades-registram-... que traz informações a respeito do mais recente frio intenso e da queda nas temperaturas em todo o território nacional. Na terceira etapa, retomaremos esse tema.
Há ainda o domínio das faixas de transição: o Pantanal e Mata dos Cocais. São áreas com características específicas que ocorrem em meio à transição de domínios. Os pantanais ocupam áreas de clima tropical e têm sua paisagem bastante modificada no período das chuvas, quando grande parte das terras inundáveis da bacia do rio Paraguai é coberta, obrigando o deslocamento dos animais para as regiões mais altas. Já a Mata dos Cocais, entre o domínio amazônico e o da caatinga, há a presença predominante das palmeiras, principalmente a carnaúba e o babaçu, servindo à prática do extrativismo para a produção de cera e óleos vegetais.
Quanto aos climas no Brasil, há ainda o clima tropical de altitude, predominante nas áreas de maiores altitudes da região Sudeste, caracterizado por invernos mais frios do que os do clima tropical continental ou tropical litorâneo.
Como não é apenas um fator que determina as variações do clima, certifique-se de que os estudantes compreenderam que há outros elementos, mas que as massas de ar têm enorme peso no comportamento dos fenômenos atmosféricos.
Com a caracterização de cada uma das regiões naturais, reforce a ideia de que o estudo dos domínios nos leva a perceber que a interação entre as formas do relevo, as características do clima e, por sua vez, da vegetação, as quais dependem da posição geográfica.
Os domínios são, portanto, grandes regiões que apresentam características naturais comuns que se influenciam mutuamente, tornando-os distintos uns dos outros.
Não se esqueça que os mapas dos climas do Brasil, o mapa dos domínios naturais brasileiros, e o mapa das massas de ar que circulam sobre o território nacional são muito didáticos para ilustrar sua explicação.
Antes de finalizar essa etapa expositiva inicial, busque uma forma de sistematizar o conjunto das características naturais dos domínios e climas, seja por meio de uma tabela de conteúdos impressa ou no caderno, ou mesmo junto ao material didático. Essa sistematização irá contribuir para que os alunos possam estabelecer comparações e criar relações entre os diferentes domínios, bem como consultar em outras ocasiões de estudo.

2ª etapa

Peça aos estudantes que façam uma pesquisa extraclasse sobre a biodiversidade encontrada nos diferentes domínios. Para poder trabalhar de forma dinâmica e coletiva, divida a sala em seis grupos, sendo que cada um deles seja responsável pela pesquisa de um dos domínios e climas.
Tendo realizado a pesquisa extraclasse, permita que os alunos sentem-se reunidos em seus respectivos grupos, cada um correspondente a um dos seis domínios naturais. Deixe que eles descubram as semelhanças e diferenças de suas pesquisas e depois organizem, em um único papel, sobre a biodiversidade que querem apontar sobre tal domínio.
Enquanto debatem dentro de cada grupo, divida o quadro negro em seis partes. Peça para um representante de cada grupo que diga as características da biodiversidade que o grupo decidiu apontar como representativas daquele domínio natural e faça as anotações correspondentes na lousa.
Ao passo em que os alunos citam os pontos relativos à biodiversidade dos domínios, aproveite para explicar as relações destes com o clima, o relevo e a vegetação, de modo que eles possam estabelecer significados entre a aula expositiva anterior, a pesquisa individual e o debate em grupo, além de seus conhecimentos experienciais. Aproveite o quadro sistematizado na 1ª etapa.
Depois da expressão de todos os grupos, peça para os alunos copiarem o quadro da biodiversidade dos domínios, composto pela própria pesquisa dos estudantes. Assim, eles terão os conteúdos da pesquisa do seu grupo respectivo, mas também um quadro geral da biodiversidade encontrada no território brasileiro.
Esse quadro deve ser complementar ao primeiro, elaborado na 1ª etapa, sobre as características dos domínios e seus climas respectivos.

3ª etapa

Argumente com os estudantes que os biomas brasileiros abrigam uma porção significativa da biodiversidade do planeta. Ainda assim, muitos grupos biológicos demandam descobertas para a produção de novos conhecimentos. Sabemos também que toda essa riqueza está ameaçada pelas atividades antrópicas.
Para não criar falsas dicotomias entre a sociedade e a natureza, reflita com os alunos que é preciso racionalizar nossas ações, medindo os riscos e buscando evitar os prejuízos às espécies e às relações ecológicas entre elas. Isso não quer dizer que o ser humano deixará de colocar em prática seus projetos, mas sim que deverá adaptá-los a outros interesses, não apenas econômicos.
Relembre-os que altos níveis de devastação ambiental, historicamente provocados pela ação humana e pela produção agropecuária, já levaram à situação em que se encontram os domínios da Mata Atlântica e do cerrado, com várias espécies declaradas em extinção.
Outro fator importante nesse contexto das ameaças às paisagens naturais e à biodiversidade do planeta, são as mudanças climáticas. Na América do Sul, já se sabe que temperaturas mais elevadas e a maior duração da estação seca podem aumentar a frequência e rigor das estiagens sazonais, além das anomalias de temperatura da superfície do oceano Atlântico.
Há quem seja mais cético em relação à existência de uma mudança climática ou mesmo em relação às causas antrópicas dessa alteração. Mas tal debate implica numa pesquisa aprofundada sobre as diferentes visões vigentes sobre o tema. Nesse momento, esclareça a eles que nosso interesse principal é compreender a relação intrínseca entre os elementos da natureza. Mas, também, sobre a determinação da ação antrópica sobre nosso planeta.
Essas alterações climáticas contribuem para a mudança dos biomas? Estimule essa reflexão, que exigirá que os estudantes estabeleçam relações entre os conhecimentos vistos até aqui. Devem aparecer ideias como: o aumento das situações de incêndios, a expansão das formações vegetais abertas, a redução dos biomas florestais, a sobrevivência daquelas espécies mais adaptadas, entre outros.
Além dos impactos para a biodiversidade, as alterações gerais nos biomas produzem mudanças nos climas que, por sua vez, produzem mudanças nos domínios naturais. Isso quer dizer que as mudanças climáticas tendem a reconfigurar as características naturais e, portanto, sociais do planeta. Leve os estudantes ao entendimento de que estamos diante de um conjunto vivo, de interdependências mútuas.
Para incrementar o debate sobre a influência das mudanças climáticas na biodiversidade, reflita com os alunos se não será contradição que o aquecimento global traga queda nas temperaturas, como as que vimos neste inverno? Para ilustrar, utilize novamente a reportagem do site de Veja 
Descobriu-se que a massa de ar polar (mPa) surgida neste inverno se resfriou ainda mais em função do aumento da superfície marinha congelada na Antártida. A massa de ar surgida no sul da América do Sul, como já vimos, sofreu a influência desse maior volume de gelo na Antártida enquanto se formava. Daí a queda nas temperaturas deste inverno em um grande número de cidades brasileiras.
A explicação para esse maior congelamento ao redor da Antártida é variada entre os pesquisadores. Há quem defenda que o derretimento das calotas sobre o continente antártico resfria o mar ao seu redor, há quem privilegie uma visão em que o ar mais quente sobre as águas na região agita a superfície marinha, trazendo para cima águas mais frias do fundo dos oceanos.
Essas perspectivas parecem assumir a existência de um aquecimento do planeta, coincidindo na interpretação de que tal aquecimento pode acarretar frios mais rigorosos. Esclareça aos estudantes que o aquecimento global diz respeito ao aumento das temperaturas médias da atmosfera e, como média, há partes que se aquecem, ou se resfriam, mais que outras, sendo no conjunto que podemos dizer que há mais ar quente circulando no planeta que no passado.
As massas de ar, por exemplo, se movem pelas diferenças de temperatura umas em relação às outras. Porém, com mais ar quente na atmosfera, há uma mudança no padrão de circulação dos ventos, podendo ocasionar secas mais severas e aumento de chuvas abundantes. Dentre os efeitos do aquecimento global, já sabemos que há maior regularidade de eventos naturais extremos.
Estimule o debate para que os alunos possam manifestar seus conhecimentos e dúvidas acerca do tema estudado. Seja mediador da discussão, de modo que não se desviem do tema da biodiversidade e incorporem as reflexões sobre as mudanças climáticas.
Para finalizar, destaque uma vez mais que a biodiversidade do planeta é vulnerável às ações antrópicas, quando estas não são ponderadas no sentido da conservação, assim como às mudanças climáticas em curso.
É fato que mudanças significativas vêm ocorrendo com relação aos grupos biológicos e às paisagens naturais. No futuro próximo ou distante, como serão os domínios naturais brasileiros? É preciso despertar a consciência de que devemos medir nossas ações pelos efeitos que elas geram a todos que sofrem os impactos. Para isso é preciso conhecimento experiencial e intelectual.

Avaliação

Avalie se os estudantes compreenderam os conteúdos propostos nas três etapas por meio do interesse em realizar as atividades orientadas. Na primeira etapa, certifique-se se houve a sistematização dos seis domínios e climas respectivos na forma proposta. Na segunda etapa, verifique se a pesquisa sobre a biodiversidade existente nos domínios foi realizada individualmente. E na terceira etapa, avalie a participação no debate coletivo em sala de aula.


http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/os-diferentes-dominios-naturais-e-sua-relacao-com-o-clima
Consumismo, não

Objetivo(s)
Debater sobre o consumo supérfluo, necessidade e desejo, e exercitar análise de dados

Material necessário
Reportagens de Veja
“A era da confiança”, (VEJA 2396, 22 de outubro de 2014), disponível no Acervo Digital a partir de 24/10/2014

Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
A opção por eliminar o consumo supérfluo, revelada a VEJA por Judith Levine, dá margem a boas reflexões acerca de nosso modo de vida. A sociedade industrial capitalista é esbanjadora em sua natureza. Seu desenvolvimento está associado, muitas vezes, a falsas necessidades que ela estimula no público consumidor. Embora não faça parte do programa específico de nenhuma disciplina, a entrevista pode ser útil, pois envolve questões de cidadania.
O consumo é pilar fundamental da sociedade capitalista. Apesar disso, recentemente as pessoas estão descobrindo alternativas aos gastos desenfreados. No setor de serviços, o compartilhamento de casas, apartamentos e automóveis são cada vez mais comuns, como mostra a reportagem “A era da confiança”, (VEJA 2396, 22 de outubro de 2014), disponível no Acervo Digital a partir de 24/10/2014. O texto mostra exemplos de pessoas que confiaram nas outras para pedirem serviços de carona paga, não necessariamente com taxistas ou motoristas profissionais, ou para abrir suas moradias e receber turistas de outros locais, sob preços mais justos do que o de hotéis.
Uma sugestão de abordagem é mesclar o tema com atividades matemáticas, trabalhando de início com o estabelecimento de critérios para distinguir dois aspectos básicos: a necessidade e o desejo. Isso leva ao levantamento de prioridades - o que configura uma lição preciosa para todos nós.

Atividades

Converse com a turma sobre seus hábitos de consumo periódico. Com o que os adolescentes costumam gastar a mesada? Peça que cada um enumere numa folha de papel os produtos que compra com frequência e os serviços pelos quais geralmente paga. Aí cabem o hambúrguer, o sorvete, o chocolate, as visitas às lan houses, as sessões de cinema, a aquisição de CDs, o aluguel de DVDs e cartuchos de games etc. A lista pode ser grande - o que justifica registrá-la numa planilha eletrônica, desde que a escola tenha essa disponibilidade. Do contrário, oriente os alunos a construir uma tabela, com espaço suficiente para incluir quatro colunas.

2ª etapa

O passo seguinte é a leitura da seção Auto-Retrato de VEJA. Qual a opinião geral a respeito da privação a que a autora se impôs? Todos entendem o objetivo de tal experiência?
Chame a atenção para a base das prioridades definidas por Judith Levine. Enfatize a diferença entre os conceitos de necessidade e desejo utilizados por ela. Ambos podem servir de referência para classificar os itens listados na tabela elaborada na aula anterior. Encarregue a turma de incluir mais uma coluna para marcar os hábitos necessários e os supérfluos. Isso feito, é interessante discutir as variações encontradas entre os jovens. Alguns podem argumentar que o cinema é uma atividade cultural importante para sua formação, outros terão na lan house ou na lanchonete semanal o convívio social de que precisam e por aí vai. Verifique as concordâncias - aquelas atividades que a maioria considera indispensável - e as disparidades. Nesse ponto, talvez seja proveitoso solicitar a criação de um gráfico de dispersão relacionando as incidências de cada item para relembrar os conceitos estatísticos de média, moda e mediana.
Sugira, então, que todos determinem o custo mensal das diversas atividades, registrando o resultado numa terceira coluna, e destinem uma quarta para o peso correspondente na despesa do mês. Para tanto, deve-se calcular os porcentuais em relação ao total consumido. Esse é um critério objetivo.

3ª etapa

Oriente, em seguida, a aferição de níveis de prioridade de cada item, numa escala de 1 a 5, tanto para os essenciais quanto para os dispensáveis. Ressalte que esses valores são arbitrários e subjetivos, embora possam apresentar coincidências entre a moçada.
Desafie a classe a planejar uma redução de, digamos, 50% do consumo. Como? A resposta imediata é cortar os supérfluos. É possível, no entanto, que isso seja insuficiente, exigindo a supressão de itens necessários. Em qualquer situação, porém, todos devem notar que a otimização desse processo inclui considerar os critérios objetivos e subjetivos. Isso pode significar abrir mão de metade dos hambúrgueres e um terço dos DVDs, por exemplo. Eleja um caso que reflita a média dos alunos e discuta as possibilidades de redução de gastos. O levantamento pode ajudá-los a compreender a necessidade de estabelecer parâmetros para a tomada de decisões.


http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/consumismo-nao

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Semana de Arte – CEMEAF 2014

Durante os dias 20, 21 e 22/10, os alunos dos professores Luís Henrique, Eliete e Célia participaram do evento realizando desfile de estilos, exposições e shows: