segunda-feira, 2 de junho de 2014

Retratos pictóricos: da pintura à fotografia

Trabalhe com os alunos a evolução dos retratos e discuta o impacto do surgimento da fotografia na mudança de direção que as artes plásticas tomaram

Objetivos
Investigar o encontro entre arte e público na dimensão da mediação cultural, como experiência estética a ser compartilhada (Ensino Médio)
Investigar as potencialidades das relações entre linguagens artísticas e forma-conteúdo (Ensino Médio)

Conteúdos
Modos de documentação em Arte
A intervenção e seu registro como documentação

Anos                            Ensino Médio

Tempo estimado              6 aulas

Material necessário
Cópias da reportagem "Luz, câmera... Ação!" (VEJA 2374, 21 de maio de 2014)
Projetor para a exibição de imagens e vídeos
Cópias do poema "Auto-retrato" de Mário Quintana (disponível abaixo), do livro "Apontamentos de História Sobrenatural" (Editora Globo, 2005)
Equipamento de som para reprodução de áudio
Papel craft, papel A4, lápis 6B, canetas hidrográficas coloridas, lápis de cor, tinta guache, papéis e imagens para colagem, tesoura, cola, régua, selfies impressas, lápis, papel cartonado ou corlorset preto, papelão ou CD velho, fita adesiva, parafuso com arruela e porca, tampa plástica de refrigerante.

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Desenvolvimento

Introdução
Atualmente, a cada dois minutos se produz a mesma quantidade de imagens originadas em todo século XIX. Nossa sociedade incorporou o uso da tecnologia no cotidiano e multiplicou a produção de imagens a um número inimaginável, a ponto de uma vida humana não dar conta de observar e analisar todas elas.
Nessa chamada cultura visual que nos cerca, um gênero específico de produção de imagem tem tido seu ápice nas redes sociais - o retrato. As populares "selfies" refletem a relação do jovem com a produção de imagens e a concepção do jovem sobre si mesmo, sendo um importante meio de subjetivação na contemporaneidade. 
Porém, a hiperexposição dessas imagens pode ser preocupante, sendo importante retomar com os alunos as origens do retrato, na pintura, na fotografia e posteriormente no cinema (fotografia em movimento) para investigar percepções mais claras a respeito das dinâmicas da representação de si e do outro ao longo da história.

1ª etapa
Inicie as atividades com uma proposta de sensibilização e descontração. Com auxílio do equipamento de som, execute uma música instrumental de sua preferência. Peça para que os alunos sentem confortavelmente, relaxem e prestem atenção no som. Em seguida, entregue cópias do poema "Autorretrato" de Mário Quintana e dê o tempo necessário para a leitura individual. Uma vez terminada a leitura, peça que um aluno leia o poema em voz alta para o restante da turma.

Texto 1

O auto retrato

No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,

no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!

(Mário Quintana, in 'Apontamentos de História Sobrenatural')

Este momento inicial da aula é um período de contemplação e reflexão que introduz o tema que será abordado, e que tem o objetivo trazer a concentração dos alunos para dentro da sala, desligando-os um pouco do estresse e das preocupações externas. 
Em seguida, divida a turma em trios, distribua a reportagem "Luz, câmera... Ação", publicada pela revista Veja, e oriente-os a fazer a leitura tendo em mente as seguintes questões que precisam ser respondidas:
Em sua opinião, se a câmera de ação nos oferece "pontos de vistas inéditos" - como exposto na reportagem - ela pode nos auxiliar a olhar através das aparências das coisas?
Você concorda com a afirmação de Sylvio Mancusi - atleta apresentado na reportagem - que as imagens resultantes das câmeras de ação permitem que o observador sinta a emoção do atleta? Justifique sua resposta.
E na vida cotidiana, que imagens você gostaria de fazer com uma câmera como esta?
Retome o agrupamento comum da sala. Peça para que os grupos socializem as respostas da análise do texto. Escreva palavras-chave na lousa de acordo com as respostas dos alunos e problematize em conjunto as seguintes questões, ainda com base na reportagem, porém ampliando a discussão:
·              O que é um ponto de vista?
·              A fotografia transmite informação?
·              E, a pintura transmite informação?
·              Quais as formas possíveis de se retratar alguém?
Em seguida, para suscitar a curiosidade e estimular o percurso da atividade, entregue a cada aluno uma cópia impressa de uma das frases abaixo. Cada aluno receberá uma única frase, de modo que, se a turma tiver 30 alunos, cinco deles receberão a frase número 1, outros cinco a frase número 2, e assim por diante... 
·              Percebo César reproduzo César e isso é mágico!
·              O retrato de César é César.
·              Observe a verdadeira aparência de César.
·              Controle a aparência de César.
·              Lembra-me, quem fora César.
·              Selfie de César, um César no qual confiar
É necessário manter a numeração à frente da frase, para dar sequência às discussões durante as atividades. Cada frase indica uma etapa e uma diferente perspectiva sobre a produção de retratos ao longo dos séculos. Peça para que leiam e reflitam sobre o possível significado da frase que receberam, e reservem os papéis porque eles serão utilizados na etapa seguinte.
O objetivo dessa etapa é disponibilizar aos alunos, por meio de enigmas, a sequência didática dos conceitos e conteúdos que serão abordados, sobre a evolução dos retratos, discutindo o impacto do surgimento da fotografia na mudança de direção que as artes plásticas tomaram e na mudança de toda a representação imagética do homem perante si e perante a sociedade.

2ª etapa
Proponha a construção coletiva de uma linha do tempo, em papel craft, sobre as mudanças nas representações da imagem do homem através do conceito de retrato em Arte. O retrato passou por muitas mudanças ao longo da história e "soube" adaptar-se a cada época. Assim, essa estruturação em linha temporal pode ser útil pedagogicamente para trabalhar o desenvolvimento dos conceitos até a contemporaneidade, porém deixa claro que não se trata de uma "evolução" porque as características de cada "fase" estão presentes nas fases posteriores de diferentes formas. 
Proponha que os alunos que receberam a frase 1, "Percebo César, reproduzo César e isso é mágico!", leiam-na para o restante da turma e comentem o que entenderam, ou suas dúvidas, sobre a frase. 
Indique que os alunos com essa frase em comum se reunirão em grupo e ficarão responsáveis por preencher e decorar (utilizando imagens, poemas, textos etc.) a primeira "fase" na linha do tempo coletiva.
Explique que a utilização do nome César faz referência a um título concedido aos 11 primeiros imperadores romanos, cuja origem remete ao nome de Caio Júlio César, e que nesse caso "César" torna-se um exemplo de insígnia de poder e, para aula em caráter lúdico, se tornará sinônimo de figura/personagem, tomando como base o famoso enunciado "O retrato de César é César", que serviu de inspiração para as demais frases.
Discuta a partir da primeira frase "Percebo César, reproduzo César e isso é mágico!" as origens do retrato, na forma tridimensional e bidimensional, utilizado no Egito, no mundo grego e na antiga sociedade romana com finalidades diversas: comemorativa, religiosa, funerária etc., em um contexto em que a imagem, fruto da necessidade do homem de reproduzir e fixar aquilo que percebia e sentia, tinha uma dimensão mágica.
Peça, em seguida, para os alunos que receberão a frase 2, "O retrato de César é César", leiam-na para o restante da turma e comentem o que entenderam, ou suas dúvidas, sobre a frase. Indicando que eles também se reunirão em grupo e ficarão responsáveis por preencher e decorar (utilizando imagens, poemas, textos etc.) a segunda "fase" na linha do tempo coletiva.
Problematize a partir da segunda frase, "O retrato de César é César", que assumida a dimensão mágica da imagem, ela passa a possuir poder e o mesmo valor social do personagem que ela representa. Os retratos se confundiam com o próprio retratado e a representação tornava presente o ausente. A população cultuava a imagem como se fosse o próprio imperador, e o imperador estava em todos os lugares (essa é a origem da ideia de "vigilância através da imagem" com a qual o professor poderá fazer paralelo, posteriormente, sobre o uso das redes sociais contemporâneas). 
Peça, em seguida, para os alunos que receberão a frase 3, "Observe a verdadeira aparência de César", leiam-na para o restante da turma e comentem o que entenderam, ou suas dúvidas, sobre a frase. No decorrer das etapas da aula o aluno vai intuindo os significados e tornando suas interpretações sobre as frases seguintes mais ricas e expressivas. Indique que eles também se reunirão em grupo e ficarão responsáveis por preencher e decorar (utilizando imagens, poemas, textos etc.) a terceira "fase" na linha do tempo coletiva.
Essa compreensão da imagem que torna presente o ausente pautou em diferentes níveis a retratística européia do século XV ao XVIII, onde o retrato passou a ocupar lugar destacado, acompanhando os anseios da corte e da burguesia urbana de projetar suas imagens, na vida pública e privada. O homem torna-se o centro das atenções e com isso a ideia de "aparência" ganha sentido, esteticamente e filosoficamente. A imagem começa a se confundir com a realidade pautada pelo naturalismo e a idéia de "mimesis" se consolida, indicando que esses conceitos eram domínio da pintura e da escultura. Exiba, durante todo o percurso, com auxilio do projetor, retratos que integram o conceito. A exemplo, a escultura grega de Augusto César, a pintura funerária egípcias, o célebre quadro de "Giovanni Arnolfini e sua esposa (1434)" pintado por Jan van Eyck, retratos de Piero della Francesca, Domenico Ghirlandaio, Rafael, Leonardo Da Vinci, Ticiano, Caravaggio, Velázquez , Peter Paul Rubens, entre outros.
Durante a leitura das imagens foque no gênero pintura, abordando questões formais e materiais (perspectiva, luz, sombra, pigmento etc.) os estilos pictóricos e "movimentos" do qual as obras fazem parte, bem como as características de cada artista apresentado. Focando posteriormente nos personagens retratados, as roupas, os costumes e os padrões sociais.
Esses conceitos, apresentados aqui de maneira resumida, podem ser amplamente discutidos, também ancorados nas disciplinas de História e Sociologia, sendo esta uma oportunidade de trabalhar interdisciplinariamente. 

3ª etapa
Peça, em seguida, para os alunos que receberam a frase 4, "Controle a aparência de César", lerem-na para o restante da turma e comentarem o que entenderam, ou suas dúvidas sobre a frase. Indique que eles também se reunirão em grupo e ficarão responsáveis por preencher e decorar (utilizando imagens, poemas, textos etc.) a quarta "fase" na linha do tempo coletiva.
Problematize que os séculos XIX e XX apresentaram novos contornos às concepções de retrato, projetando figuras de segmentos sociais mais amplos e não apenas dos círculos aristocráticos, por meio de maior liberdade expressiva dos artistas e também, fruto das revoluções industriais e do surgimento de uma nova classe. As perspectivas naturalistas perdem sua força, e o advento da fotografia é fator fundamental para o descarte da reprodução fiel da figura e do mundo, levando os pintores a enfatizar o caráter interpretativo da obra. Exponha que a fotografia desenvolve uma retratística própria, o que leva a pensar o retrato como gênero extremamente popular no interior do campo fotográfico. 
Exiba também, durante todo o percurso, com auxilio do projetor, retratos que integram o conceito. Como os retratos de Jean-Auguste-Dominique Ingres, pintor que mesmo fazendo uso de um padrão clássico de composição subverte a convenção (por exemplo, nos retratos, em que a figura representada na tela dirige seu olhar a um observador não-retratado, mas implícito), os retratos de Courbet, Picasso, Manet, Degas, Van Gogh, Tarsila do Amaral, Flavio de Carvalho, Portinari, entre outros.
Durante a leitura das imagens, compare os personagens retratados (as roupas, os costumes, os padrões sociais etc.) com os personagens dos retratos analisados anteriormente. Ainda focando no gênero pintura, aborde também questões formais e materiais (perspectiva, luz, sombra e pigmento ) os estilos pictóricos e "movimentos" do qual as obras fazem parte, bem como as características de cada artista apresentado. 
Peça, em seguida, para os alunos que receberam a frase 5,"Lembra-me, quem fora César" leiam-na para o restante da turma e comentem o que entenderam, ou suas dúvidas, sobre a frase. Indicando que eles também se reunirão em grupo e ficarão responsáveis por preencher e decorar (utilizando imagens, poemas, textos etc.) a quinta "fase" na linha do tempo coletiva.
Em seguida, centre as discussões na ruptura e mudanças de perspectivas que se originaram a partir da popularização da fotografia. Durante a segunda metade do século XIX, a pintura e fotografia se opuseram. A pintura continuava a ser encarada como arte, rompendo as barreiras da representação, enquanto a fotografia não obteve de imediato esse estatuto. A pintura retratística e a fotografia começaram a colaborar entre si e evoluírem uma com a outra. A fotografia era mais rápida na confecção, mais realista e permitia a multiplicação de uma única imagem. As técnicas pictóricas passaram a ser mais fluidas, livres e espontâneas uma vez que as reproduções mais fidedignas podiam ser obtidas com a fotografia. Os pintores recolhiam fotografias das paisagens e dos modelos para poderem depois pintá-los no conforto dos seus ateliês. A pintura passou a fazer uma exploração mais plástica dos enquadramentos e assumiu de certa forma o ponto de vista do fotografo, enquanto a fotografia apropriou-se de muitas das temáticas da pintura. Aborde também o surgimento da fotografia em movimento, e posteriormente do cinema, como o conhecemos.
Problematize que a vida nas grandes cidades instaura a fragmentação do cotidiano, introduz a fugacidade das impressões e o retrato do homem passa a ser pautado por um certo documentalismo social, onde a ideia de memória e resgate do tempo perdido passam a fazer parte dessas representações. Exiba imagens que mostrem a relação entre pintura e fotografia nesse período, como a pintura de Jean Steen (séc. XVII) que inspirou a foto de Lois Camille d'Oliver (1856); a pintura de Courbet e a fotografia Villeneuve, o violino de Ingres representado por Man Ray, entre outros.
Durante a leitura das imagens, o foco passará a ser a fotografia. Aborde as questões materiais e formais (bidimensionalidade e projeção, tipos de perspectiva, ponto de fuga, planos e posições da câmera etc.) bem como as características das produções dos fotógrafos.

4ª etapa
Peça para os alunos que receberam a frase 6, "Selfie de César, um César no qual confiar", leiam-na para o restante da turma e comentem o que entenderam, ou suas dúvidas, sobre a frase. Indique que eles também se reunirão em grupo e ficarão responsáveis por preencher e decorar (utilizando imagens, poemas, textos etc.) a sexta "fase" na linha do tempo coletiva.
Apresente aos alunos e problematize as questões da contemporaneidade e como ela se relacionam com os períodos que a antecederam. Como uma síntese, o "boom" das fotografias e da produção de imagens no qual vivemos se relaciona e possui características de toda a linha do tempo. Os retratos passam a ser "espelho do real", e os autoretratos, intitulados de "selfies", oferecem ao fotografo a oportunidade da descoberta de si mesmo, bem como da imagem que os outros tem da sua personalidade, através do excesso de visibilidade. O advento da Internet e, principalmente, das redes sociais, ofereceu ao fotógrafo amador ou profissional um novo veiculo para as suas imagens.
Exiba retratos de fotógrafos contemporâneos, como Nadar, Robert Mapplethorpe, Cindy Sherman, Nan Goldin ou Maureen Bisilliat. Em seguida, peça para que eles descrevam a imagem observada de maneira objetiva e, de maneira subjetiva, proponha que descrevam seus sentimentos em relação à imagem e especulem sobre os sentimentos, hábitos e costumes dos personagens da fotografia. Em seguida, exiba a "selfie do Oscar" retrato de grande circulação na mídia, tirado pelo ator Bradley Cooper com a apresentadora Ellen DeGeneres e outros atores, entre os quais Lupita Nyong'o, Kevin Spacey, Angelina Jolie e Brad Pitt.
Proponha que os alunos realizem o mesmo exercício realizado anteriorment, isto é, que observem essa fotografia e descrevam a imagem observada de maneira objetiva e, de maneira subjetiva, proponha que descrevam seus sentimentos em relação à imagem e especulem sobre os sentimentos, hábitos e costumes dos personagens da fotografia. Instigue para que respondam quais as principais diferenças entre a selfie e as imagens de Man Ray (por exemplo), sejam a respeito da técnica, da máquina utilizada ou do veículo de circulação nos quais essas imagens se destinam. Parta da conscientização dos elementos que compõem a fotografia - linhas, formas, cores, luz - para discutir o ponto de vista do fotógrafo, que avalia e recombina o que vê em busca de imagens expressivas e diferentes perspectivas. Peça para que cada aluno opine sobre as selfies - porque eles a produzem, porque sentem necessidade de publicá-las, se eles imprimem tais fotos etc.
Peça para que os alunos se reúnam nos respectivos grupos e dê o tempo necessário à confecção da linha do tempo coletiva. Nessa etapa o aluno terá a oportunidade de organizar e resumir os conceitos que aprendeu durante o percurso.

5ª etapa
Como a multiplicidade de fotografias/selfies é um hábito, proponha aos alunos ainda dentro da divisão dos grupos que utilizem os celulares para criar selfies em seqüência, se fazendo do principio de gif (fotografia quadro a quadro), cabendo a cada grupo escolher as poses, contextos de interação dos personagens retratados etc. com base na frase e conceito que nortearam a construção da etapa (na linha temporal) de seu respectivo grupo.
Proponha a partir dessa seqüência de imagens a criação de um Zootropo de Selfies. O Zootopro é um dispositivo inventado no século XIX e é considerado um dos pais mais próximos da animação. Toda animação se baseia no princípio da persistência visual: quando a luz atinge a retina, a imagem formada persiste por alguns décimos de segundos. Se várias imagens são alternadas rapidamente, temos a sensação de movimento. Serão necessários para construção: as selfies impressas na medida 5cm por 5cm, lápis grafite, canetas hidrográficas, cola branca, régua, tesoura, tira de 57 x 15 cm de papel cartonado ou corlorset preto, um círculo de papelão de 30 cm de diâmetro, um círculo de papelão de 20 cm de diâmetro ou um CD velho, fita adesiva, parafuso com arruela e porca (o objetivo é sustentar o CD ou papelão e permitir que ele gire) e uma tampa plástica de refrigerante. Para ajudar na construção, exiba alguns vídeos disponíveis no Youtube, que você encontrar clicando aqui, ou ainda nesse outro link 

Como fazer:
Recorte uma tira de 57,5 cm de largura por 15 cm de altura de papel cartonado
Com a régua, marque a partir da parte superior da cartolina as alturas de 6 (linha A) e 7 (linha B) cm e faça dois riscos paralelos com 1 cm (entre as linhas A e B) de distância entre eles, de ponta a ponta
Em outro pedaço de papel cartão, cole a primeira selfie impressa no tamanho de 5 cm de altura, e as selfies seguintes lado até o final da tira, distantes 3 cm de uma à outra. A primeira e a última selfie devem estar na mesma posição, ou seja, serem iguais
Na parte superior da tira de cartolina, a partir de 2,5 cm da lateral, recorte janelas de 1 cm de largura distantes 5 cm uma da outra. As janelas devem ir até a linha A
Recorte mais uma tira de papel cartão, de 57,5 cm de comprimento por 1 cm de altura, Com a cola em bastão cole essa tira junto à borda onde foram recortadas as janelas
Pinte o círculo de 20 cm com tinta guache, faça um furo no meio ou utilize o CD.
Pegue a cartolina, faça pequenos corte com cerca de 1 cm distantes 1 cm um do outro na parte inferior. Dobre essa extremidade e cole a cartolina ao redor do círculo, com o lado das selfies para dentro
Pinte o círculo de 30 cm , faça um furo no centro e passe por ele o parafuso
Encaixe por cima a tampa plástica (também furada), a arruela, o círculo menor com a cartolina já colada e por último a outra arruela, prenda a porca com cola para não soltar e espere secar

Avaliação
Monte com os alunos uma exposição da linha do tempo, na sala ou nos corredores da escola, e exponha os Zootropos manuais produzidos pelos alunos. Avalie a apropriação dos conceitos, a participação em grupo, a leitura das obras dos artistas, o resultado do Zootropo e das Selfies bem como o diálogo sensível e conceitual apresentado pelo aluno na sua confecção.

Consultoria Suellen Barbosa
Arte-educadora no Museu Afro-Brasil e mestranda no programa de Artes Visuais: Teoria, Ensino e Aprendizagem da Universidade de São Paulo (USP)



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