sábado, 22 de junho de 2013




Amar é delicioso! Mas pode também ser sofrido, principalmente quando o conceito que se tem de amar e ser amado está pautado no sacrifício, a famosa prova de amor. É aí que mora o perigo. Quando a gente aprende que amar é se doar e fazer as vontades do outro, sem levar em conta a conta que vai pagar, o amor torna as pessoas vulneráveis.
Na adolescência, a pouca vivência própria da idade predispõe os jovens a esse amor vulnerável. Esta vulnerabilidade compromete a capacidade de dizer não às situações que podem colocar o casal em situações de risco, como a gravidez precoce e as DST/Aids.
Para ajudar a entender um pouco melhor as situações de vulnerabilidade que os jovens casais podem enfrentar e como preveni-las, eu adaptei uma vivência psicodramática, criada pelo psicodramatista Arnaldo Liberman, a Retramatização. Ela protege o anonimato das pessoas, proporcionando que os temas venham à tona sem que ninguém identifique quem os trouxe, o que é muito pertinente para esta temática.

Prova de Amor e a Vulnerabilidade

Objetivo: Promover a conscientização dos alunos em relação às atitudes no relacionamento afetivo que aumentam sua vulnerabilidade à DST/Aids e gravidez na adolescência

Duração: 1:30 min

Material: Filipeta de papel de mais ou menos uns 10cm de altura, 4 folhas de papel Sulfite e canetas hidrográficas

Procedimento
1. Aquecimento

Conte para os alunos que o tema da aula é Prova de Amor. Em seguida pergunte se eles já ouviram falar sobre isso e peça para que definam, em voz alta, o que entendem por Prova de Amor. É interessante estimular a contribuição de toda a turma para conseguir colher percepções variadas sobre o assunto.

2. Ação
·                      Os alunos, ainda em seus lugares, devem pensar em alguma Prova de Amor que lhe tenham pedido, que ele pediu, ou ouviu falar. Não precisa ser exatamente dele, pode ser de filme, novela, ou que um amigo contou. Oriente os alunos a fecharem os olhos e pensarem em um bom exemplo. Quando o exemplo estiver claro na cabeça, o aluno deve abrir os olhos para que o educador saiba que ele está pronto.
                       Entregue a cada aluno uma filipeta de papel e peça para que escrevam nela o exemplo em que pensaram e o conservem consigo. Em seguida, peça para os alunos formarem três grupos com o mesmo número de pessoas, aproximadamente.
                       Dê uma numeração para os grupos. Em seguida, distribua uma folha de papel sulfite para cada equipe, peça que leiam todos os exemplos dos colegas de seus grupos e selecionem aqueles que oferecem risco ao casal em relação à DST/Aids ou à gravidez na adolescência.
                       Em seguida, um representante do grupo deve recolher os exemplos selecionados e entregar para o grupo seguinte ao seu, no sentido horário (o grupo 1 passa para o 2 e assim sucessivamente). Os exemplos que não foram selecionados devem ser entregues ao educador, que fará uma releitura para fazer novos questionamentos na etapa dos comentários.
                       Os grupos devem ler os exemplos e criar uma história. Os personagens devem ser caracterizados com nome, sexo e idade, com o cuidado de não estar associado a ninguém da sala. É importante que descrevam o local onde a situação acontece, a conversa entre o casal e a atitude que eles tomaram diante do fato.
                       Uma vez finalizada a história, ela deve ser passada adiante para o grupo seguinte, no mesmo sentido. Este próximo grupo deverá fazer uma dramatização da história.
                       Quando todos estiverem prontos, solicite que todos sentem em semicírculo e iniciem as apresentações.
                       Após cada apresentação, pergunte à turma quem tem vontade de dizer alguma coisa para um dos personagens. Enquanto os alunos falam ou aconselham os personagens, anote as colocações mais significativas para enriquecer a discussão e recolha a história escrita.
                       Depois de todas as apresentações, estimule a discussão, faça comentários e pergunte as dúvidas da turma.

3. Comentários
Explique para os alunos que eles participaram de uma produção grupal que envolveu a participação de todos em cada etapa. Tudo o que foi falado reflete o pensamento do grupo como um todo. Pergunte o que os alunos aprenderam com o exercício e estimule o debate. Para movimentar a discussão, traga à tona as notas tomadas durante as apresentações e os exemplos que ofereciam risco e não foram selecionado por eles.

Pontos para discussão:
                       Para se amar é necessário fazer sacrifícios?
                       Quais as consequências dos sacrifícios vivenciados neste exercício?
                       Em quais situações o risco de gravidez e DST/Aids aconteceu?
                       O que fariam diferente dos personagens?

4. Avaliação
Levando em consideração o risco que os personagens correram com a Prova de Amor, o educador deve solicitar ao grupo como um todo que dê uma nota de 0-10 para cada história apresentada.


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