As mudanças da puberdade
Diferente do
que muitos professores imaginam, puberdade e adolescência não são
sinônimos. Adolescência é um momento de mudança psíquica e social. Já puberdade
são as alterações físicas que transformam o corpo infantil num corpo adulto e
que levam meninos e meninas a se interessarem por sexo.
Seu início não
tem dia nem hora marcada. A puberdade pode começar tanto aos 8 como aos 15
anos. Cada pessoa tem seu tempo e desenvolve as diversas partes do organismo de
forma individual e progressiva. Por isso, é normal dois adolescentes da mesma
idade se encontrarem em estágios diferentes da puberdade. Uma menina pode já
ter iniciado o crescimento dos seios, enquanto outra, com a mesma idade, ainda
pode estar na fase de perceber apenas uma pedrinha dolorida. Isso é
absolutamente normal.
As mudanças
características deste período são ativadas pela hipófise, glândula localizada
no cérebro, responsável pela produção dos hormônios sexuais que colocam em
atividade os ovários e os testículos, provocando uma série de mudanças físicas
em meninos e meninas. Na mulher, os principais hormônios são o estrógeno e
a progesterona, e no homem, a testosterona. O processo de mudanças
corporais ocorre gradualmente, passando por três estágios biológicos bem
marcados:
Ø
Pré-puberal: momento em
que surgem as primeiras modificações corporais: o aumento do tamanho dos seios,
nas meninas, e do pênis e testículos, nos meninos, seguido pelos primeiros
sinais de aparecimento dos pelos nas axilas e genitais, assim como alterações
na altura e no tom de voz.
Ø Puberal: Quando os hormônios sexuais atingem um nível
específico, acontece o marco desta fase: a primeira menstruação das garotas,
conhecida como menarca, e, para os garotos, a semenarca, a aguardada primeira
ejaculação. A partir deste momento a capacidade reprodutiva entra em ação. As
meninas amadurecem seus óvulos e os meninos produzem espermatozoides.
Ø Pós-puberal: órgãos sexuais já estão plenamente desenvolvidos e
têm o mesmo funcionamento que em um adulto. Este também é o momento de
definição dos caracteres sexuais secundários. É quando o corpo do menino toma
forma de homem e a na menina desabrocha a mulher. Neste período repleto de
transformações, os adolescentes costumam se dar conta também do principal
atributo sexual, que é acapacidade orgásmica, isto é, a percepção das sensações
eróticas e do prazer proporcionado pelo sexo. Esta descoberta, associada aos
estímulos hormonais – que estão a pleno
vapor – acentuam o impulso sexual e favorecem o interesse
pelo sexo. Tanto no sentido de conquistar parceiros – ficar e
namorar – como em relação às descobertas das sensações sexuais por
meio da masturbação e de carícias.
O que muda no corpo?
A primeira
modificação aparente da puberdade, e que também se traduz na maior preocupação
dos jovens, é o aumento do tamanho dos seios, para as meninas, e do pênis e dos
testículos, para os meninos. Em seguida, ambos crescem em altura, aumentam sua
estrutura muscular, alteram o tom da voz e começam a apresentar pelos nas
axilas e ao redor dos órgãos sexuais. Nos rapazes surgirão ainda barba e
bigode.
Outras
características da puberdade que merecem toda atenção são o aparecimento de
acne (as famosas espinhas) e de novos odores. Neste período, os hormônios
sexuais estimulam o organismo a produzir secreções em maiores quantidades, como
o suor, por exemplo. Além disso, ele passa a fabricar ácidos graxos (gordura)
que favorecem a formação de uma capa lubrificante na pele e ocasiona o
fechamento dos poros, podendo causar inflamação – as espinhas.
Isto tudo mexe profundamente com a autoestima do jovem, podendo levar a um
prejuízo silencioso na aprendizagem.
O professor
pode ajudar seus alunos a lidar melhor com esta etapa, informando os porquês
destas mudanças e como o cuidado com a higiene é fundamental. Mas lembrem-se:
não basta só a conversa, é imprescindível que estas temáticas sejam trabalhadas
por meio da metodologia participativa.
Na próxima
semana trarei para vocês uma sugestão de como trabalhar o tema da puberdade em
sala de aula.
TAGS: adolescência, adolescentes, capacidade
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