O processo de extinção das espécies
Objetivo(s)
Entender o processo de
extinção de algumas espécies na natureza
Conteúdo(s)
Ecologia e meio ambiente
Evolução
Ano(s) 1º 2º 3º
Tempo estimado Três aulas
Material necessário
Computadores com acesso à
internet
Projetor de imagens
Cópias da reportagem "O Drama da
Extinção", ( VEJA 2398, 05 de novembro de 2014) disponível
no acervo digital a partir de 07/11/2014
Cópias da reportagem "A Dura Escolha de
Quem Deve Sobreviver", (VEJA 2265, 18 de abril de 2012)
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
O processo de extinção de
espécies é natural, ou seja, à medida que algumas espécies desaparecem outras
surgem. Esse é um mecanismo necessário para o processo evolutivo, que não só
resulta em novas formas de vida, como também origina variações mais
especializadas. No tempo geológico pontuam-se cinco grandes extinções em massa.
Hoje, alguns estudiosos acreditam estarmos na sexta extinção, na qual o homem,
dessa vez é o protagonista.
Nesta proposta, seus alunos
estudarão os fatores que colocam uma espécie em risco de extinção e discutirão
a concepção de que o processo de extinção é sempre negativo. O tema é abordado
em duas reportagens de VEJA: "O Drama da Extinção" e "A Dura
Escolhe de Quem Deve Sobreviver".
Atividades
Peça para que os alunos
leiam as reportagem de VEJA. Em seguida, coloque o tema em debate com alguns
questionamentos. Por exemplo: sabe-se que a triagem ecológica desiste dos casos
de conservação ambiental sem sucesso após vários anos de tentativas. Mas por
que elas falham? Há responsabilidade de alguém? Devem agora esses animais serem
‘abandonados’ na luta pela sobrevivência? Qual o impacto disso para as cadeias
alimentares, comunidades e populações?
Deixe a turma discutir. Depois disso, proponha a socialização das respostas. Esclareça que há um processo de extinção, natural e essencial para a evolução, ou seja, determinadas espécies deixam de existir e em seus lugares surgem novas formas de vida, em novos habitats e nichos ecológicos e, na maioria das vezes, mais especializadas do que as que desapareceram. Porém, escolher quais devem sobreviver em uma visão de custo benefício - investir em preservação das espécies que têm mais chances de serem salvas e abandonar outras - pode trazer problemas sérios de desequilíbrios nas cadeias alimentares. Esta extinção deixa de ser um processo natural e passa a ser um processo optativo, ou seja, realizado a partir de escolhas humanas.
Lembre que há muitos fatores que levam ao desaparecimento de uma espécie como, por exemplo, mudanças climáticas (como as eras glaciais), esgotamento de recursos, vulcanismo e alterações dos níveis dos oceanos. Além disso há os fatores extraterrestres com atividade solar e colisão de asteróides, cometas. E há também a atuação do homem. Temos participação na extinção de várias espécies.
2ª etapa
Projete a imagem abaixo
para a classe e proponha uma conversa sobre os critérios que levam as espécies
à lista de risco de extinção. A IUCN (União Internacional para a Conservação da
Natureza) categoriza as espécies de acordo com seu status no planeta:
Extinta: Uma espécie é
considera extinta quando pesquisas indicam que o último indivíduo da espécie
morreu
Extinto na Natureza: Uma espécie é considerada extinta na natureza quando pesquisas indicam que ela só sobrevive em cativeiro, meios de cultivo ou em populações não nativas.
Criticamente Ameaçada: Uma espécie é considerada criticamente ameaçada quando se enquadra em um dos critérios abaixo:
Extinto na Natureza: Uma espécie é considerada extinta na natureza quando pesquisas indicam que ela só sobrevive em cativeiro, meios de cultivo ou em populações não nativas.
Criticamente Ameaçada: Uma espécie é considerada criticamente ameaçada quando se enquadra em um dos critérios abaixo:
• Diminuição de 80 a 90% na
população em 10 anos ou 3 gerações, seguido de outros critérios (a partir de
estimativas ou de observação direta)
• Diminuição da área de
ocorrência para menos de 100 Km² (seguido em mais dois outros critérios)
• Diminuição da área de
ocupação para menos de 10 Km² (seguido de mais dois outros critérios)
• População estimada em
menos de 250 indivíduos adultos (seguido de mais um critério)
• População estimada em
menos de 50 indivíduos adultos
• A probabilidade de
extinção na natureza é de pelo menos 50% em 10 anos ou 3 gerações
Ameaçada: Uma espécie é considerada ameaçada quando se enquadra em um dos critérios abaixo:
• Diminuição de 50 a 70% na
população em 10 anos ou 3 gerações, seguido de outros critérios (a partir de
estimativas ou de observação direta)
• Diminuição da área de
ocorrência para menos de 5 000 Km² (seguido em mais dois outros critérios)
• Diminuição da área de
ocupação para menos de 500 Km² (seguido de mais dois outros critérios)
• População estimada em
menos de 2 500 indivíduos adultos (seguido de mais um critério)
• População estimada em
menos de 250 indivíduos adultos
• A probabilidade de
extinção na natureza é de pelo menos 20% em 20 anos ou 5 gerações
Vulnerável: Uma espécie é considerada vulnerável quando se enquadra em um dos critérios abaixo:
• Diminuição de 30 a 50% na
população em 10 anos ou 3 gerações, seguido de outros critérios (a partir de
estimativas ou de observação direta)
• Diminuição da área de
ocorrência para menos de 20.000 Km² (seguido de mais dois outros critérios)
• Diminuição da área de ocupação para menos de 2.000
Km² (seguido de mais dois outros critérios)
• População estimada em menos de 10 000
indivíduos adultos (seguido de mais um critério)
• População estimada em menos de 1 000
indivíduos adultos ou população com área de ocupação muito restrita
• A probabilidade de extinção na natureza é de pelo menos 10% em 100 anos
• A probabilidade de extinção na natureza é de pelo menos 10% em 100 anos
Quase Ameaçada: Uma
espécie é considera quase ameaçada quando está perto de entrar na categoria
vulnerável em um futuro próximo
Pouco Preocupante: Uma
espécie entra na categoria pouco preocupante quando apresenta uma grande
distribuição.
(Fonte: IUCN - disponível em http://www.iucnredlist.org/)
Trabalhe com a turma os conceitos de espécie-bandeira e espécie-guarda-chuva. Espécie-bandeira é aquela a qual foi escolhida para representar uma causa ambiental: por conta de seu carisma ou beleza, ajuda a preservar o ambiente em que vive e outras espécies com menos apelos junto à população. Espécie “Guarda-Chuva” é a espécie que requer uma grande área protegida para sua sobrevivência e que ao serem protegidas, consequentemente, preserva outras espécies.
Depois proponha que os
estudantes escrevam um texto opinativo sobre: Extinção é uma questão de
escolha?
3ª etapa
A partir dos resultados do
debate da aula anterior proponha à classe uma atividade na qual eles terão que
escolher quais dessas espécies deixarão sobreviver. A lista sugerida traz 24
espécies (nomes populares) de animais e plantas em risco de extinção no Brasil,
a turma deve escolher 12 para serem salvas. Solicite na aula anterior, que os
alunos tragam uma pesquisa na internet para conhecer cada uma dos seres
listados.
O objetivo dessa atividade
é fazer com que os alunos percebam o quanto é complicado escolher quem deve ser
salvo. Após ouvir as respostas, diga à turma que a espécie
coral-chifre-de-veado é uma das poucas espécies-bandeira de invertebrados. Veja
quantos a salvariam.
Ao final dessa atividade,
questione se a extinção é um processo definitivo. Após ouvir as respostas,
exponha que a extinção de espécies continuará gerando consequências mensuráveis
a curto e longo prazo. Para ilustrar esse raciocínio explique qual o papel dos
insetos no processo de polinização das flores de árvores tanto frutíferas ou
não, de interesse comercial ou não. E quais as consequências do uso de
defensivos agrícolas que afetam esses insetos.
O desaparecimento de uma
espécie altera toda a estrutura ecológica: alimento – abrigo – competição.
Clonar espécies que foram extintas milhões de anos atrás, retoma a pergunta: a
extinção é para sempre? Se pensarmos na possibilidade de clonagem, talvez não.
Teríamos a possibilidade de ter de volta ao mundo essas espécies perdidas.
Podemos clonar, por exemplo, o tigre-dente-de-sabre, mas o mundo não será igual
ao que teria sido se estes felinos não tivessem desaparecidos, ou seja, a
extinção é de fato, irreversível.
Avaliação
Avalie a participação dos
alunos em sala de aula levando em consideração o envolvimento com as
discussões, a capacidade de posicionamento em uma questão de caráter ambiental
como é o caso da extinção e a escolha de quem deve ser salvo. Os textos
elaborados em sala são, além de ótima forma de avaliação, uma boa oportunidade
de trabalho interdisciplinar com Geografia, Língua Portuguesa, Sociologia e
Filosofia.
http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/o-processo-de-extincao-das-especies
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